A AUTOMEDICAÇÃO NO EMAGRECIMENTO E SEUS RISCOS À SAÚDE

Automedicação na obesidade e seus riscos à saúde

Os quilinhos a mais estão te preocupando? É bastante comum chegarmos nesta época do ano e percebermos os resultados do famoso “ enfiei o pé na jaca” durante o inverno. Então começa a corrida para, no verão, estar com o corpo em forma.  Entretanto, não raro, ocorre a procura, por conta própria, dos remédios para emagrecer, sem a devida orientação e supervisão médicas – a automedicação.

Apesar de isso ocorrer, rotineiramente, com mulheres que apenas querem eliminar alguns quilos, também essa busca pela automedicação é frequente em pessoas obesas que não conseguem reduzir peso com outras alternativas, como as dietas, por exemplo. O problema é que a automedicação para emagrecer é uma atitude perigosíssima, que pode causar danos irreversíveis à sua saúde.

Antes de aprofundarmos o assunto sobre a automedicação, é preciso entender alguns conceitos sobre excesso de peso. Estar acima do peso, com sobrepeso, é diferente de estar obeso. As diferenças estão relacionadas à quantidade desse excesso e, consequentemente, à sua gravidade. Sobrepeso está relacionado a um percentual de gordura menor quando comparado à obesidade, que tem um acúmulo maior, assim como também, maior probabilidade de riscos à saúde como um todo.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE OBESIDADE E SOBREPESO?

A obesidade é definida como o acúmulo de gordura no corpo, causado  por um consumo alimentar superior ao necessário para o organismo no dia a dia. Em outras palavras, a ingestão de alimentos é maior que o gasto energético correspondente. Já o sobrepeso significa que a pessoa pesa mais do que o que é considerado saudável ou normal para a sua idade, sexo ou tamanho.

Apesar de ambas representarem riscos à saúde, é fundamental esclarecer que a obesidade é considerada uma doença crônica que pode causar inúmeros males (comorbidades) como problemas cardiovasculares, diabetes, pressão alta, problemas nas articulações, dificuldades respiratórias, gota, pedras na vesícula e até algumas formas de câncer.

Uma forma de diferenciar o sobrepeso e a obesidade é por meio do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) que é um cálculo realizado para medir o peso relativo à altura da pessoa. Divide-se o peso (em kg) pelo quadrado da altura (em metros). O resultado indica se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima do desejado. Se o índice ficar entre 25 e 29,9 – há sobrepeso; se estiver igual ou acima de 30 – representa obesidade.

QUANDO A AUTOMEDICAÇÃO É CONSIDERADA UM RISCO À SAÚDE?

O uso de medicamentos para emagrecer, quando motivado por uma busca imediatista, opõe-se à sua verdadeira finalidade, que é o bem-estar e a saúde do indivíduo. A automedicação pode fomentar ou iniciar distúrbios alimentares, compulsão, irregularidades metabólicas e até morte. Ou seja, até que ponto a ideia de emagrecer com menos esforço e com mais rapidez compensa os riscos que se corre?

É fato que algumas substâncias usadas nas medicações para perder peso podem provocar reações adversas graves como nervosismo, aumento da pressão arterial, arritmias, boca seca, insônia e intestino preso, por exemplo. Além disso, seu uso contínuo pode levar à dependência do medicamento.

Automedicação: várias medicações fora das cartelas.
RISCOS DA AUTOMEDICAÇÃO

Por outro lado, quando o uso de medicações é recomendado por um médico, não há problema. O processo de perda de peso precisa ser orientado e acompanhado por profissionais capacitados como médicos para que ocorra com segurança e tranquilidade. Portanto, o que prejudica é a automedicação e não o uso de remédios para emagrecimento.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), inúmeros estudos comprovam a eficácia do tratamento com medicações para a obesidade. Inclusive destaca os inúmeros benefícios advindos da perda de peso com tratamento farmacológico, como a melhora de diversas comorbidades físicas, psicológicas e metabólicas relacionadas ao excesso de peso.

 TOMAR REMÉDIO PARA EMAGRECER É SUFICIENTE PARA PERDER PESO?

Um fator a ser considerado quanto ao uso de medicamentos é que eles contribuem para reduzir peso. No entanto, nunca devem ser usados como única forma de tratamento. Uma dieta rica em nutrientes e com poucas calorias, somada à prática de atividades físicas e à mudança do comportamento ainda é o melhor remédio para emagrecer de forma natural.

Mulher obesa, triste, frente a um prato cheio de medicações.

Sabe-se que não é fácil perder peso. Por isso, é preciso que a pessoa queira emagrecer e esteja disposta a seguir as orientações do endocrinologista. Além disso, se o tratamento envolver nutricionista ou nutrólogo, as chances de que tudo saia conforme o esperado são maiores.

Automedicação não é solução, nem mesmo quando é apenas para perder “alguns quilinhos” adquiridos no inverno. O ideal é buscar ajuda profissional e aqui, no Espaço Mulher , você encontrará a ajuda de que necessita para emagrecer de maneira saudável.

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