Obesidade Feminina

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Obesidade Feminina

Estar acima do peso pode não ser sua culpa. Descobrir o verdadeiro motivo da dificuldade de perder peso é a chave para você emagrecer.

Obesidade na População Brasileira

Nos consultórios médicos, é comum que as mulheres que “tem tendência a engordar” procurem um bode expiatório entre os distúrbios hormonais. Entretanto apenas 5% das pacientes obesas têm alguma alteração endócrina como causa do excesso de peso. A despeito dos fatores genéticos e hereditários, a ingestão excessiva de alimentos, aliada a uma vida sedentária, são os principais responsáveis pelo aumento progressivo do índice de Massa Corporal (IMC).

 Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNE), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE, No total, 60% da população brasileira está com sobrepeso, incluindo os grupos com excesso de peso e os obesos, de acordo com o estudo.

O sobrepeso atinge mais as mulheres: 62,6% estão obesas ou com excesso de peso, enquanto entre os homens o problema alcança 57,5%. Entre 2003 e 2019, a obesidade feminina passou de 14,5% para 30,2%, enquanto a masculina subiu de 9,6% para 22,8%.

Os jovens também sofrem com o excesso de peso e a obesidade, e, nesse grupo, mais uma vez, são as mulheres a maioria: são 19,4% pessoas na faixa dos 15 a 17 anos, afetando 22,9% das garotas e 16% dos rapazes. A obesidade ocorre em 6,7% dos adolescentes: 8% no sexo feminino e 5,4 % no masculino.

Set point, Compulsão e Neuroinflamação

Parece falta de força de vontade quando vemos uma mulher com obesidade comendo uma torta de chocolate. Quem pensa isso está enganado. Temos pontos de saciedade diferentes entre as pessoas, ou seja, aquela torta pode dar um desejo incontrolável no cérebro ou não, dependendo do “set point” de cada indivíduo. Por isso, não julguem essas mulheres.

Outro aspecto é a necessidade de “premiar” com a ingestão de alimentos que levam a liberação de dopamina e serotonina no nosso corpo. Essas substancias provocam uma sensação de prazer temporária como, por exemplo, o chocolate. Essa relação de afeto com esse tipo de alimento resulta numa compulsão alimentar(comer sem parar até terminar o pacote) no intuito de se sentir bem, feliz e tranquila por mais tempo.

No entanto, ambas as situações geram resistência insulínica e processos inflamatórios decorrentes do excesso de açúcares, carboidratos e gorduras da dieta. Essa inflamação sistêmica irá ocasionar as doenças metabólicas (diabetes, dislipidemia…), cardiovasculares (infarto, hipertensão…) e neuroinflamação. Com o tempo, essa neuroinflamação agrava a má resposta do cérebro ao sinal de saciedade. Isso desencadeia um ciclo vicioso de ter que comer mais ainda para se sentir satisfeito.

Tratamento Não Farmacológico

A Nutroterapia tem papel fundamental no combate a obesidade. Não se recomendam dietas da moda e nem exclusão de grupos alimentares(carboidratos, proteínas e gorduras). No cálculo nutricional deve ser considerado o gasto energético e perfil clínico da paciente para permitir uma restrição calórica adequada (nem demais nem de menos).

Outro ponto é o exercício físico. Hoje sabemos que o ideal para a perda de peso são, pelo menos, 150min semanais de exercícios concorrentes. Isso significa intercalar atividades aeróbias (caminhada, corrida…) com resistivas (musculação…).

Enfim, realizar uma dieta sustentável e exercícios regulares são a base do tratamento.

Tratamento Farmacológico

A Obesidade é uma doença crônica e redicivante. O Sobrepeso não é uma pré doença e sim, uma doença em fase inicial. Esses dois recentes conceitos mudaram a perspectiva terapêutica do sobrepeso e obesidade. Atualmente, o uso de medicamentos por longos períodos de tempo tem sido a melhor conduta.

Os medicamentos aprovados para o tratamento específico da obesidade são a Sibutramina, o Orlistate, a Liraglutida e, em breve, a Semaglutida. Existem medicamentos não específicos, mas que também são usados no combate dessa doença. São eles a Bupropiona, o Topiramato, a Sertralina, a Fluoxetina entre outros.

Método de Emagrecimento Contínuo

Sei o quanto é difícil emagrecer. Escuto muitas histórias de fracasso na tarefa de perder peso. Porém, admiro a coragem daqueles pacientes que persistem em alcançar o sucesso no emagrecimento saudável. Insistir em dietas da moda, seguir dicas de pessoas leigas no assunto ou buscar fórmulas mágicas pode se tornar uma perigosa armadilha. A minha proposta de trabalho, baseada em conhecimentos científicos provenientes da medicina, consiste em formular uma estratégia individualizada para que o paciente possa conquistar o EMAGRECIMENTO CONTÍNUO.

Um dos principais pilares do tratamento é a dieta. Entretanto, a restrição calórica provoca o aumento da fome e redução do metabolismo basal. Por isso muitos pacientes acabam sendo acometidos pelo conhecido “efeito sanfona”.

Também é importante destacar que somente 30% de todo o gasto energético do corpo humano é realizado pelos músculos. Isso significa que nem sempre é possível queimar calorias suficientes para perder peso durante o exercício físico.

Para completar, muitas pessoas ingerem alimentos com excesso de açúcares, carboidratos e calorias como forma de aliviar as tensões e ansiedades acumuladas ao longo do dia, ou mesmo na expectativa de gerar “energia” para superar o cansaço das tarefas cotidianas. Porém, essa é a combinação perfeita para resultar no fracasso da tentativa de emagrecimento sem o acompanhamento profissional.

O Método de Emagrecimento Contínuo que eu elaborei leva em consideração o conjunto de todos esses fatores. E se o planejamento definido for corretamente cumprindo pelo paciente isso trará excelentes resultados, incluindo evitar aquele indesejado “efeito sanfona”.

Na avaliação inicial do paciente já é possível definir uma estratégia para minimizar o sofrimento provocado pela obesidade, a partir de técnicas cognitivas. O passo seguinte é promover a organização nutricional diária do paciente, orientando-o a evitar alimentos prejudiciais e que causem inflamação. A etapa de organização alimentar não foca em dietas restritivas, mas na definição das melhores escolhas de refeições, à luz da máxima “coma de tudo, mas não tudo”. Medicações específicas para emagrecimento podem ser utilizadas em alguns casos, conforme a resposta inicial ao tratamento.

A base do método está no ensino da melhor escolha nutricional e na modulação de vícios e fissuras alimentares.

O método é todo personalizado a partir das particularidades de cada paciente e seu objetivo é fornecer ferramentas e condições para que se consiga um emagrecimento de modo sustentado e saudável, com mínimo sofrimento ou sacrifício.

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