COMO OS DISTÚRBIOS HORMONAIS PREJUDICAM MULHERES COM HIV?

HIV

O HIV ( sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana) é um vírus incurável que ataca o sistema imunológico do seu corpo, responsável por defender o organismo de doenças. Geralmente, transmitido através de fluidos corporais como sêmen, sangue e leite materno.  

HIV

Embora ainda não haja cura para a doença, é possível que a maioria dos pacientes tenha qualidade de vida através de acompanhamento médico e de exames periódicos, ou ainda, com o uso de medicamentos antirretrovirais, se necessário. No entanto, se não for tratado, o vírus pode progredir para a AIDS, o que pode tornar o paciente suscetível a doenças graves e, eventualmente, levar à morte. 

Importante destacar que, em tratamento, a pessoa com aids deve levar uma vida normal tanto afetiva quanto social; trabalhar, namorar, beijar na boca, transar ( com proteção) e divertir-se. Mas e a mulher? Ela é afetada da mesma forma que os homens? 

COMO O HIV AFETA A MULHER?  

Normalmente, tem-se conhecimento sobre a forma como o vírus do HIV afeta as pessoas em geral. No entanto, vale ressaltar que em relação às mulheres portadoras do vírus há algumas preocupações específicas, entre elas o modo como isso afeta a sua fertilidade, a sua saúde reprodutiva e a sua menstruação.

Como isso acontece? O mesmo tratamento capaz de possibilitar qualidade de vida para pessoas portadoras do HIV, pode causar alterações hormonais e metabólicas significativas na mulher. Dessa forma, o endocrinologista é um aliado de fundamental importância para o sucesso terapêutico.

 SINTOMAS POTENCIAIS A QUE TODA MULHER DEVE ESTAR ATENTA.

Mulher preocupada

Embora, na maioria dos casos, não haja sintomas específicos, a mulher precisa estar atenta a estes 11 sintomas do HIV :  

1. Febre baixa e calafrios:  é um dos sintomas mais comuns do HIV que se pode notar. A febre geralmente dura uma semana ou duas, mas pode aparecer por apenas um dia; 

2. Acordar com suores noturnos: são suores noturnos que resultam em poças de suor no lençol. Apesar de que outros tipos de suores noturnos, como menopausa, mononucleose e cânceres atinjam as mulheres, acordar frequentemente com os lençóis molhados, ao longo de algumas noites, é motivo para procurar um médico;

3. Feridas no corpo: algumas pessoas com sintomas do HIV notam leve erupção vermelha em todo o corpo, incluindo braços, tronco e pernas – embora possa aparecer em apenas um ou dois pontos. Geralmente dura uma semana  e não coça; 

4. Dor de garganta: como resposta inflamatória à infecção viral grave, também pode causar inflamação na garganta, dificultando a ingestão. Nesta área, apenas será notada vermelhidão e inflamação, como se você estivesse com um resfriado;

5. Sentir sono e dor o tempo todo: sentir desconforto e fadiga por pelo menos uma semana após infecção; 

6. Pescoço, axilas e virilha inchados: gânglios linfáticos inchados em decorrência do combate à infecção provocada pelo HIV. A presença de vários nódulos linfáticos inchados em locais diferentes é um sintoma para checar com um médico;

7. Infecção por fungos: após contaminação pelo HIV, as leveduras (fungos microscópicos) que vivem naturalmente na boca e na vagina ficam fora de controle, provocando uma infecção por fungos. Condições como diabetes, por exemplo, também costumam causar infecções fúngicas em algumas mulheres, sem quaisquer doenças subjacentes, com mais frequência do que outras; 

8. Aftas no revestimento da boca: causadas por inflamação quando o corpo tenta combater o HIV. Entretanto, nem sempre a presença de aftas indica HIV, podem ser resultantes de estresse, alergias ou alterações hormonais;

9. Perda de peso inesperada: em seus estágios posteriores, o HIV não tratado causa perda de peso ou de massa muscular, devido a falta de apetite que impede que o corpo absorva nutrientes;

perda de peso hiv

10. Diagnóstico de meningite: como o HIV se dissemina através do sistema nervoso central, pode causar meningite viral. Entre os sintomas comuns da meningite viral se incluem febre, irritabilidade, letargia e vômito. A meningite criptocócica também é comumente associada a infecções por HIV, embora geralmente em fases posteriores ou em pacientes com AIDS; 

11. Desconforto gastrointestinal: sintomas gastrointestinais como, por exemplo, diarréia, náusea e vômito, também podem ser sinal da infecção inicial do HIV. 

Embora estes sintomas possam ser percebidos em outras patologias, é fundamental que a mulher procure ajuda profissional para investigação da possibilidade de infecção pelo vírus HIV, se em algum momento esteve exposta ao mesmo. 

PROBLEMAS DE SAÚDE GINECOLÓGICOS E HORMONAIS 

O HIV, além de atacar o sistema imunitário, afeta o sistema hormonal feminino, principalmente quando a carga viral é elevada.

Entre as alterações, acontecem longos intervalos de tempo entre os períodos menstruais ou ausência da menstruação, apesar de não estar grávida. Além disso, podem ocorrer hemorragias prolongadas ou em excesso e após as relações sexuais. 

Outra consequência da contaminação é a diminuição da produção dos hormônios estrogênio e progesterona. Dessa forma, afeta a fertilidade, dificultando a possibilidade de gravidez devido ao aparecimento precoce da menopausa.

Além destes problemas relacionados ao sistema hormonal feminino, ainda  outros afetam a saúde ginecológica e são difíceis de gerir e de tratar. Um desses é a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) causada por bactérias ou por infecções anteriores como, por exemplo, as sexualmente transmissíveis (DST) não tratadas que , inclusive, podem causar esterilidade. 

A mulher com HIV também está mais suscetível à infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), o qual pode causar o desenvolvimento de células anômalas nas zonas genitais. Em alguns casos, poderá resultar no surgimento de verrugas genitais ou desenvolvimento de cancro do colo do útero.

Além disso, deve-se salientar que o herpes genital recorrente ou a candidíase vaginal frequente merecem atenção especial no caso de a mulher ter tido contato com portador de HIV.

sexo seguro

Portanto, realizar exames periódicos para detectar a possível presença do vírus, bem como de outras doenças decorrentes é fundamental para a saúde feminina. Assim como, não se pode esquecer, a relação sexual com o uso de preservativos é fundamental.

A OSTEOPOROSE FEMININA E O HIV

A osteoporose consiste numa doença que afeta principalmente as mulheres durante o envelhecimento, especialmente pós-menopausa. Ela enfraquece os ossos e aumenta a possibilidade de fraturas da anca, da coluna vertebral e dos punhos. 

Osteoporose feminina

Pessoas com HIV costumam perder mais densidade óssea do que a população geral. Mesmo que não confirmado, acredita-se que isso seja devido à própria infecção e aos tratamentos antirretrovirais. No caso de mulher infectada por HIV, existe um risco maior do que o habitual de desenvolver osteoporose. 

Embora ainda não haja cura para o HIV, pode-se perceber que o acompanhamento médico é fundamental a partir do diagnóstico. No Espaço Mulher você será acolhida e vamos, juntas, cuidar da sua saúde.

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