Nem sempre as pessoas que estão com sobrepeso ou as que apresentam obesidade têm preocupação com um órgão importantíssimo do organismo: o fígado. No entanto, este é primordial para garantir a nossa sobrevivência, pois, quando não está funcionando de maneira adequada, podem surgir doenças graves como a cirrose hepática e a esteatose.
Entre as funções do fígado estão a regulação do metabolismo de vários nutrientes como proteínas, carboidratos e lipídios; a síntese de proteínas e de outras moléculas; a degradação de hormônios; o armazenamento de substâncias como o glicogênio; a produção da bile e a detoxificação hepática. Como podemos perceber, este órgão é responsável por grande parte do trabalho do sistema digestório.
Neste texto vamos esclarecer algumas questões relacionadas à esteatose hepática, ou gordura no fígado, como é conhecida por muitos. Isso porque nem sempre essa doença dá sinais visíveis durante seus estágios iniciais. Muitas vezes é descoberta por meio de exames de rotina.
O QUE É ESTEATOSE HEPÁTICA?
A esteatose hepática caracteriza-se pela presença de gordura depositada no fígado em maior ou menor quantidade. Esse acúmulo parece ocorrer, principalmente, devido a uma dieta rica em gordura, mas também por uso excessivo de bebidas alcoólicas.
Entre seus sintomas mais conhecidos pode-se citar dor no lado direito superior do abdômen, perda de peso sem motivo, barriga inchada, enjoos, vômitos, cansaço e mal-estar geral. É importante ficar atento aos mesmos e consultar um hepatologista para avaliar o funcionamento do fígado.
As alterações no fígado, que sugerem esteatose, podem ser detectadas por meio de um exame de sangue, que nem sempre acusa o problema, e de exames complementares como o ultrassom, a tomografia, a elastografia hepática, ressonância magnética ou uma biópsia.
Caso haja diagnóstico de esteatose, deve-se iniciar o tratamento adequado o quanto antes. Em geral ,inclui alterações na dieta alimentar e prática de atividades físicas.
O QUE PODE CAUSAR ESSA DOENÇA NO FÍGADO?
As causas da esteatose hepática ainda não são claras. Porém, pesquisas apontam que está relacionado ao desequilíbrio entre o consumo e a síntese de gordura pelo corpo, a sua utilização e eliminação. Além disso, sugerem que isso poderia estar relacionado a fatores genéticos, nutricionais e ambientais.
Embora ainda sejam desconhecidas suas causas, é certo que o maior risco de desenvolver esteatose hepática encontra-se no alto consumo de bebidas alcoólicas, na obesidade, na presença de Diabetes tipo 2, em indivíduos hipertensos e/ou com colesterol alto, em pessoas com idade superior a 50 anos, para os fumantes e os sedentários e para portadores de hipotireoidismo, entre outros.
GRAUS DA ESTEATOSE
Conforme dito anteriormente, a esteatose hepática pode se apresentar inicialmente de forma muito leve, por isso às vezes é identificada quando já está severa. No entanto, pode-se classificar a doença em diferentes graus:
- Grau 1 – leve: há um leve acúmulo de gordura no fígado, corresponde ao acometimento de cerca de 30% da células do fígado;
- Grau 2 – moderado: há acúmulo moderado de gordura, de forma que até 60% das células do fígado estão afetadas;
- Grau 3 – grave: há um grande acúmulo de gordura no fígado, o que pode levar a prejuízos severos ao organismo.
QUAL O TIPO DE TRATAMENTO ?
Uma vez identificada a esteatose, o tratamento é realizado com alterações na dieta alimentar, com a prática regular de atividades físicas e com a eliminação do consumo de bebidas alcoólicas.
Também é importante que o paciente se conscientize da necessidade de perder peso e de controlar doenças que podem piorar o problema (diabetes, hipertensão, colesterol alto).
COMO SE PREVENIR?
Como forma de prevenção ou de reversão do quadro de esteatose podem ser tomadas algumas medidas:
- ficar atento às medidas da circunferência do abdômen, que não devem ultrapassar 88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens;
- manter o peso dentro dos padrões ideais para sua altura e idade;
- ingerir bebidas alcoólicas com moderação;
- restringir o consumo dos carboidratos refinados e das gorduras saturadas;
- realizar exercícios físicos;
- retirar ou diminuir o glúten da alimentação;
- manter acompanhamento médico.
Então, que tal dar mais atenção a esse órgão tão importante para o nosso corpo? Está com dúvidas sobre a esteatose? Não sabe se seus sintomas indicam a doença? Venha pro Espaço Mulher que te ajudaremos a descobrir e, se for necessário, realizar o tratamento mais adequado ao seu caso.