Quem nunca passou por um episódio de estresse? Em uma sociedade imediatista e competitiva não é difícil apresentarmos sintomas de cansaço físico e mental.
Especialmente para as mulheres, o dia a dia costuma ser dividido entre o cuidado com a casa e a família, com os estudos e sua formação e também com o atendimento às demandas profissionais. Aquela “guerreira”, “mulher poderosa e empoderada”, e outras tantas formas de definir a mulher atual, também precisa de colo, de ajuda, de acolhimento.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse não é considerado uma doença. Entretanto, pode ser o desencadeador de muitas patologias que atingem a população, entre elas as autoimunes.
MAS O QUE SÃO DOENÇAS AUTOIMUNES?
Doenças autoimunes são caracterizadas por uma falha no sistema imunológico, quando o próprio organismo ataca células saudáveis por engano. Ou seja, é quando o próprio corpo reage contra si. Pesquisas confirmam que há uma grande conexão entre este sistema e o nervoso.
O sistema nervoso, quando afetado de forma severa, é capaz de gerar doenças autoimunes as quais já poderiam estar no nosso organismo, porém adormecidas. A partir do momento que nos confrontamos com algo que nos gera incômodo ou estresse emocional significativo, “acordamos” as mesmas.
Torna-se pior a situação se associamos o estresse a outros fatores que ajudam a danificar nosso sistema imunológico, como drogas lícitas ou ilícitas, por exemplo. Entre várias doenças autoimunes estão Lúpus, Vitiligo, Esclerose Múltipla, Hepatite, Doença de Crohn, Psoríase, Doença Celíaca, Artrite reativa, Fibromialgia.
Os sintomas mais comuns das doenças autoimunes relacionadas ao estresse são dores físicas, mal-estar e outros incômodos emocionais, como os sentimentos negativos. No entanto, o quadro clínico de cada doença autoimune é muito diferente. Por isso, costumam ser tratadas por especialistas distintos, como endocrinologista, reumatologista ou dermatologista.
QUAIS AS OUTRAS DOENÇAS QUE O ESTRESSE CAUSA?
O estresse não gera apenas doenças autoimunes. Ele também pode causar outros tipos de sintomas, como queda de cabelo (alopecia), problemas intestinais, AVC , infartos, insônia, alterações no peso, alergias e muitos outros. Além disso, também pode desencadear doenças mentais ou emocionais como a depressão, a síndrome do pânico, a ansiedade, o transtorno bipolar, etc.
Segundo a Associação Americana de Psicologia, os três tipos de estresse que existem são o agudo, o agudo episódico ou o crônico. Há, ainda, o Transtorno do estresse pós-traumático.
Estresse agudo configura-se como uma reação do corpo a algo estressante. Seus sintomas emocionais, em geral, são: ativação psíquica, instabilidade de humor, apreensão e insegurança. Já os físicos podem ser: dor de cabeça tensional, dor nas costas, dores musculares, azia, gases, diarreia, palpitações cardíacas, aumento de pressão e mãos suando.
Estresse agudo episódico é quando os estímulos que causam as reações agudas ao estresse se repetem com frequência. Nesse caso, os sintomas são os do agudo, mas de maneira prolongada. Dores de cabeça tensionais persistentes, enxaqueca, hipertensão, dor no peito e doenças cardíacas estão entre eles.
Estresse crônico é aquele em que uma pessoa rotineiramente se mantém estressada e isso afeta várias áreas da sua vida. Este tipo é um fator de risco para ansiedade e depressão. Os seus sintomas comuns são: fadiga, mal-estar, cansaço, dificuldade em relaxar e descansar, desânimo, tristeza, sensação de fracasso, dificuldade de sentir prazer e alteração do sono.
O estudo apresentado na Associação Americana de Psicologia ainda aponta o Transtorno do estresse pós-traumático. Ele aparece quando o episódio que desencadeou o estresse agudo representou ameaça à sua vida ou à vida de terceiros. Ocorre devido à pessoa ter sido vítima ou testemunha de atos violentos ou de situações traumáticas.
COMO SÃO TRATADAS AS DOENÇAS AUTOIMUNES?
Uma vez que o estresse é um dos maiores causadores das doenças autoimunes, a alternativa de tratamento é , principalmente, a sua prevenção por meio de medicações e de acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Para isso, ao detectar algum dos seus sinais, deve-se buscar ajuda médica e psicológica.
Já o tratamento clínico para a maioria das doenças autoimunes consiste na inibição do sistema imunológico através de drogas imunossupressoras, como os corticoides, por exemplo. Entretanto, vale destacar que cada doença autoimune tem sua própria forma de tratamento, isso porque não há um único método que sirva para todas.
É, considerando a vida atribulada da maioria das mulheres do século XXI, percebe-se que conviver com estresse diário não é tão difícil assim…Então, a melhor maneira de contorná-lo é buscar alternativas que não as sobrecarreguem física e emocionalmente, que aliviem sua rotina tumultuada. Afinal, ninguém quer desenvolver uma doença autoimune motivada por desgaste diário!
E você, precisa de ajuda para vencer esse “inimigo” da saúde? O Espaço Mulher foi criado pensando neste acolhimento à mulher. Vamos juntas superar as doenças da alma e do corpo.